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Fios Invisíveis
Um poema que pede uma dança e dessa relação torna-se cena. Um grito que ficou enrijecido num texto e que depois de alguns dias se descobriu música. Um gesto que foi parar num pincel e alguém dançou o movimento da tela. A arte é a comunhão de linguagens, de tempos, da vida e por essa […]
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A Mamata Voltou?
Justificativa, descrição, planilha orçamentária, cronograma de execução, leis de incentivo, contrapartidas sociais e todo esse painel semântico da produção cultural talvez não esteja muito distante de você caso seja um agente que se interesse pelo “como”, mas talvez esteja caso o seu foco esteja no “o que” e “por que”. Independente de qual seja o […]
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Ponto de partida
Em minha infância no Rio meus pais levavam meus irmãos e eu a passeio ao calçadão de Campo Grande. Sentávamo-nos nas altas banquetas da loja Silbene – antiga grande loja de departamentos – para fazer um lanche. Lembro dessas memórias mais por contadas do que por vividas, tampouco guardo uma lembrança visual desses lugares. Mas […]
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À deriva
À deriva
Tinha semi planejado retomar os textos da Peneira com um artigo sobre o “Anti mapping” que fiz pro Verde [1] em 2022, processo que é fruto de encontros entre mulheres, um processo respiro depois de ter virado especialista em aprender a ficar submersa [2]. Ano passado assisti um espetáculo chamado Enquanto você voava eu […] -
Entre nÓs
O sol levanta e a cama já me estranha e me empurra até eu levantar.
Na pandemia era em casa todo dia, ainda bem que eu tinha quintal para me arejar.
Ao acordar eu bebo água e faço gelo. Eu mantenho um pote cheio de cubos no congelador.
Café com açúcar, pão com qually espetado na faca e […]
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Sobre a rua Joaquim Silva, sobre a Lapa, sobre a cidade…
Sobre a rua Joaquim Silva, sobre a Lapa, sobre a cidade, sobre a cultura nas ruas, sobre imaginar e potencializar outras cidades possíveis, escrevi em 2020 no livro Fabulações do Território – rua Joaquim Silva o seguinte trecho:
“Nossa referência fundamental, homenageada no espetáculo e que também veio a se tornar uma grande parceira, Dona Marlene, […] -
uma crônica. uma visita ou um centro fora do comum
Por Luiz Fernando Pinto
Depois de meses ausente das suas ruas, foi ao centro da cidade. Uma ida chula, desprezível, insossa, à ligeira. Tão rápida que se não estivesse aqui escrevendo sobre ela talvez caísse no esquecimento do tempo. Saltou do ônibus na Rua da Carioca. Mascarado, seguiu em linha reta pela Rua Uruguaiana. Em tempos […] -
A sublime desorientação de uma floresta na cidade
Por Victor Belart
Pois é. Nunca imaginei dizer essa frase bizarra, mas estamos completando o primeiro ano de pandemia. O período de aceitação já passou faz tempo. Estou longe de ser aquelas pessoas que aprenderam milhares de coisas, praticaram idiomas ou desenvolveram novas habilidades nesse período de entropia. Mas há notícias boas. O simples fato de […]
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Carta aberta ao novo secretário municipal de Cultura do Rio de Janeiro e a sua futura equipe
Por Alex Teixeira
Caríssimo Marcus Vinícius Faustini,Caríssimos integrantes da futura equipe da SMC,
A Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro (SMC) foi criada em 1986, o mesmo ano em que cheguei nesse mundo, no Hospital Maternidade Alexander Fleming, na Zona Norte desta cidade, que outrora foi a capital da República, e em algum momento chegou […] -
Desvio com um olhar do presente
Por Luiz Fernando Pinto
Estava escrevendo um artigo sobre literatura e infância para uma das disciplinas do mestrado até que cismei em dar um Google no Conde de Agrolongo, patrono de uma escola municipal na Penha, localizada próximo ao saudoso parque Shanghai e a igreja da Penha. Sabia que o desvio intencional poderia rumar para um […]